
O ano de 2025 começou com pressão em torno da Petrobrás e dos preços dos combustíveis no país, enquanto o dólar avança e o preço do barril de petróleo no mercado internacional aumenta.
Até o momento, a estatal evitou o aumento nos preços internos, resultando na maior defasagem desde julho do ano passado, com 13% no valor da gasolina e 22% no diesel. Contudo, embora a Petrobrás ainda não tenha decidido por um aumento, a alta na alíquota do ICMS em todo o país deverá refletir diretamente nos preços dos combustíveis.
No caso da gasolina, será uma alta de 7,1%, passando de R$ 1,3721 para R$ 1,4700 por litro. Já no diesel, o aumento será de 5,3%, de R$ 1,0635 para R$ 1,1200 por litro. Para Sergio Araujo, presidente da Abicom, “é necessário um reajuste, sim. Há uma defasagem muito elevada, o que inibe a atuação dos importadores. Está na hora de anunciar um reajuste. Desde o final de novembro, com a desvalorização do real, as diferenças aumentaram bastante por conta do câmbio. Já o preço do petróleo é uma incógnita, mas a cotação não deve cair e deve se manter nessa faixa. Ou seja, a defasagem não deve ser reduzida.”
O último reajuste do preço da gasolina pela Petrobrás foi no início de julho de 2024, de R$ 2,81 para R$ 3,01. Para o diesel, a alteração foi em 27 de dezembro de 2023, quando caiu de R$ 3,78 para R$ 3,48; o último aumento foi em outubro do mesmo ano.
Fontes internas da Petrobrás indicam que, apesar da defasagem, a estatal não parece considerar um aumento nos próximos dias, e especialistas esperam que tanto o dólar quanto o petróleo permaneçam voláteis nas próximas semanas.
No entanto, diversos fatores internacionais pressionam os preços. O novo governo de Donald Trump, o processo de recuperação econômica da China e o inverno rigoroso no Hemisfério Norte são indicativos de que o preço do petróleo deve se manter pelas próximas semanas. Fonte: O Globo, acesso em 14/01/2025