
Desde o que a Rússia chamou de “operação militar especial” em solo ucraniano, em 2022, o conflito já registra um saldo humano de mais de 12,3 mil civis mortos, além de ataques extensivos ao território ucraniano, com uso de drones, mísseis de longo alcance e bombas planadoras aumentando ainda mais o poder destrutivo do embate.
Mas, agora, o cenário pode estar prestes a mudar, com a chegada de Donald Trump ao poder nos EUA com promessas de encerrar o que considerou uma “guerra horrível e muito sangrenta”.
⭕ Nos últimos dias, em um telefonema surpreendente de uma hora e meia, Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, concordaram em iniciar as negociações que porão fim à guerra na Ucrânia. Trump informou que o telefonema foi “ótimo”, e que há uma “boa chance de encerrar” o conflito.
⭕ O primeiro encontro oficial para a discussão do acordo ocorreu entre autoridades russas e americanas nesta segunda-feira, 17, em Riade, na Arábia Saudita. Contudo, destaca-se o fato de que o encontro não contou com um representante da Ucrânia, o que levou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky a invalidar a reunião. Ele alertou que seu país não deve ser deixado de lado em nenhuma negociação de paz.
⭕ Apesar da promessa de encerrar o conflito, o governo americano disse que “não é realista a Ucrânia esperar recuperar território invadido pela Rússia”, que representa cerca de 1/5 do país atacado.
Para o jornalista e professor Willian Waak, isso indica que a intensão de Trump é por fim à guerra cedendo às exigências russas que visam, “basicamente, impedir a existência da Ucrânia como um país viável”.
“Continuando o que fez hoje, Trump entra na galeria dos dirigentes políticos que cederam a agressores em troca da promessa de não agredir mais — o famoso apaziguamento que levou a tragédias como a Segunda Guerra Mundial”, comentou Waak à CNN.
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