Preço do ovo em disparada

Com uma alta de mais de 40% em diversas regiões produtoras do país, o preço do ovo no Brasil disparou em fevereiro, pesando no bolso do consumidor.
Mas o que levou a esse aumento tão expressivo? O FatoNews te explica!

⭕A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) aponta que o aumento do preço do ovo no período da Quaresma é comum, uma vez que muitos católicos evitam o consumo de carne vermelha nos 40 dias que antecedem a Páscoa, aumentando a demanda por carne branca e ovos. Neste ano, no entanto, a alta “pré-Quaresma” veio antes do esperado.

⭕Mas não é só isso. Para os economistas, a alta expressiva deste ano está ligada a um conjunto de fatores que vão além da Quaresma, e incluem o calor intenso e a alta no preço do milho, que já registrou um aumento de 30% desde julho de 2024, com altas mais expressivas na semana passada na maior parte das regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

A ABPA ainda acrescentou, em nota, que o custo com embalagens aumentou mais de 100% em oito meses, e as altas temperaturas "têm impacto direto na produtividade das aves".

⭕E quando o preço do ovo vai baixar?
Produtores da ABPA esperam uma redução de preços após a Quaresma, mas para o analista da Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, isso não é uma garantia. Para ele, a demanda por ovos é causada, em grande parte, pela alta nos preços das carnes bovina, suína e de frango.

⭕A exportação é parte do problema?
Os EUA enfrentam uma crise de gripe aviária que afeta diretamente a produção local de ovos. As exportações brasileiras aumentaram desde dezembro, mas, segundo a ABPA, “representam menos de 1% das 59 bilhões de unidades que deverão ser produzidas este ano", e não têm ligação com o aumento nos preços nacionais.

⭕ Na Grande São Paulo, a caixa com 30 dúzias de ovos brancos custava, em 20/01, R$146,08 e, em um mês, registrou uma alta de R$74,05, chegando a R$ 220,13. O aumento foi ainda mais expressivo para ovos vermelhos: no mesmo período, os preços subiram de R$167,88 para R$251,02, um aumento de R$83,14 por caixa com 30 dúzias.