
O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, está sendo processado na Justiça dos Estados Unidos pela empresa de mídia do presidente americano Donald Trump por, segundo a empresa, censurar de forma ilegal vozes de direita nas redes sociais.
A seguir, entenda o caso, as alegações e possíveis implicações do processo.
⭕Na manhã da última quarta-feira, 19, o Trump Media & Technology Group (TMTG), grupo empresarial do qual Donald Trump é sócio majoritário, juntou-se à plataforma de vídeos Rumble e entrou com um processo contra Alexandre de Moraes em um tribunal federal na Flórida. O processo foi aberto após Bolsonaro ser denunciado pela PGR no Brasil, junto de outras 33 pessoas.
⭕A empresa de Trump afirmou que a ação judicial busca “impedir as tentativas do juiz da Suprema Corte brasileira, Alexandre de Moraes, de forçar o Rumble a censurar contas pertencentes a um usuário brasileiro baseado nos EUA", referindo-se a Allan dos Santos, blogueiro brasileiro de extrema-direita investigado por desinformação e ofensas a ministros da Corte.
A ação ainda cita a disputa entre Moraes e Elon Musk, proprietário do X e acusa Moraes de reprimir “sistematicamente a dissidência sob os amplos pretextos de 'notícias falsas', 'desinformação' ou 'discurso antidemocrático'".
⭕A ordem para o bloqueio das contas de Allan dos Santos foi emitida por Moraes em 09 de fevereiro, mas não foi cumprida pela Rumble, já que os advogados da empresa informaram não poder receber ofícios desse teor. Os mesmos advogados renunciaram ao mandato referente a casos da Rumble na segunda-feira, 17, e o processo foi aberto nos EUA poucas horas após a PGR efetivar a denúncia contra Bolsonaro.
⭕Agora, repetindo o embate contra Musk, Alexandre de Moraes determinou que a Rumble tem 48 horas para apontar um representante legal no país, sob pena de ser retirada do ar em território nacional. A plataforma já havia sido suspensa em 2023.