“Consumidor equilibrista”

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O início de 2024 foi marcado por um aumento no poder de compra dos brasileiros, com milhares de lares enchendo mais seus carrinhos de supermercado, conforme apontado pela Kantar. A frequência a bares, restaurantes e cafeterias também subiu 9% em relação a 2023.

⭕Mas, se os primeiros meses foram de crescimento em todas as classes sociais, o último trimestre de 2024 demonstrou uma realidade bem diferente.

Os últimos meses do ano foram marcados por uma queda significativa no consumo, principalmente entre as camadas mais pobres. As compras passaram a priorizar a economia, e refeições fora de casa também diminuíram.

Pedro Soares, diretor de contas da divisão Worldpanel da Kantar, explica que “é por isso que a gente está chamando esse consumidor de equilibrista, porque entende que ele está fazendo escolhas com o objetivo de balancear os gastos”.
Isso é compreensível: com o avanço da inflação, a refeição chegou a encarecer em 8,23%, em média. Comer fora também ficou mais cerca de 6,29% mais caro, segundo o IBGE.

⭕Um destaque notado foi o aumento da busca por atacarejos, tanto para marcas mais baratas quanto para as “premium”. “Acho que o consumidor já enxerga essa equação de valor dentro do atacarejo de forma tão clara que, mesmo nas compras menores, por conta dessa busca por preço, ele procura esse canal para compra”, acrescenta Soares.

⭕Na última quinta-feira, 06, o vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou um conjunto de medidas para diminuir o preço dos alimentos, incluindo eliminar impostos de importação sobre alguns alimentos e maior foco no financiamento do Plano Safra para produtores de alimentos que compõe a cesta básica.

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