Segundo especialistas, o norovírus, microrganismo responsável pelo surto de gastroenterite no litoral do Estado de São Paulo, é resistente ao álcool em gel. Isso acontece por conta da composição da camada externa do vírus, que é diferente da de outros patógenos.

O álcool em gel, que se popularizou durante a pandemia da COVID-19 como uma ferramenta poderosa, é efetivo contra o corona vírus e diversos outros patógenos. A substância atua atacando a camada lipídica externa que envolve os vírus, desidratando e rompendo suas membranas.
Acontece que o norovírus possui uma capsula proteica, e não lipídica, o que o torna resistente à ação do álcool em concentrações típicas (60-70%).

A forma mais eficaz de eliminar o norovírus é lavando as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos, esfregando bem. É a ação mecânica do atrito que remove os vírus fisicamente da pele.
Segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, é possível utilizar o álcool em gel como um complemento da higienização, já que ele é eficaz contra outros patógenos, mas não substitui a lavagem das mãos.

A transmissão do norovírus ocorre principalmente pelo consumo de água ou alimentos contaminados, mas também pode ser espalhado de pessoa para pessoa em uma mesma casa, por meio de superfícies ou mãos contaminadas.
Os sintomas incluem náusea, vômito, diarreia, dores abdominais e musculares, dores de cabeça e febre, e tendem a ser mais intensos nos primeiros 2 ou 3 dias, e costumam durar até 7 dias. Quadros mais graves podem ser fatais.

Fonte: G1, acesso em 16/01/2025