
Nesta segunda-feira, 20, Donald Trump assumiu seu mandato como 47º presidente dos Estados Unidos.
Com uma campanha marcada por discursos radicais, ainda durante o evento de posse Trump assinou diversas ações e ordens executivas diante de cerca de 20 mil apoiadores no Capital One Arena, Washington.
⭕ Dentre as determinações que mais chamaram a atenção estão a saída dos EUA da OMS e do Acordo de Paris e o perdão a mais de 1.500 acusados pela invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, aos quais o presidente chamou de “reféns”.
Trump ainda aproveitou a ocasião para aprovar a liberação de mais recursos federais para a construção do muro entre EUA e México, declarando estado de emergência nacional na fronteira. A decisão autorizaria o envio das Forças Armadas para reforçar a fronteira e intensificar deportações.
⭕ Vale lembrar que o governo de Trump havia iniciado o processo de saída da OMS durante seu primeiro mandato, em julho de 2020, pela “má gestão da pandemia de COVID-19 pela organização” e “sua falha em adotar reformas urgentemente necessárias e sua incapacidade de demonstrar independência da influência política inapropriada dos estados-membros da OMS”.
O processo de saída leva um ano, e foi revertido por Joe Biden, ao assumir a presidência dos EUA em janeiro de 2021.
Na prática, a decisão afeta diretamente o financiamento estadunidense, um dos maiores contribuintes da organização; entre taxas de associação e doações voluntárias, os EUA são responsáveis por cerca de 20% do orçamento total da OMS.
⭕ Acordo de Paris é um acordo climático internacional entre quase 200 países, feito em 2015, que tem por objetivo manter o aquecimento global abaixo de 2 graus Celsius. Cada país é responsável por desenvolver seus próprios planos de gestão, visando cumprir o compromisso e evitar os piores impactos das mudanças climáticas.
A decisão de Trump coloca os Estados Unidos ao lado do Irã, Líbia e Iêmen como os únicos países do mundo fora do acordo.
📸 Foto: Reprodução