
Donald Trump participou, ontem, 21, de uma cerimônia ecumênica na Catedral de Washington; o sermão é parte da tradição de posse presidencial.
⭕A celebração foi marcada pelo sermão de Mariann Edgar Budde, líder episcopal que utilizou o momento para falar diretamente com Trump, em um discurso sensível sobre amor ao próximo, abordando os temas relativos à comunidade LGBT+ e imigrantes, alvos do discurso radical da campanha do presidente.
“Em nome do nosso Deus, peço que tenha misericórdia das pessoas em nosso país que estão assustadas agora. Há crianças gays, lésbicas e transgêneros em famílias democratas, republicanas e independentes que temem por suas vidas.”
Sobre os imigrantes, Budde afirmou que eles “colhem em nossas plantações e limpam nossos prédios de escritórios, que trabalham em granjas e em frigoríficos, que lavam a louça depois que comemos em restaurantes e trabalham nos turnos noturnos em hospitais, elas podem não ser cidadãs ou ter a documentação adequada, mas a grande maioria dos imigrantes não é criminosa”.
⭕O sermão foi uma resposta direta aos novos decretos polêmicos e promessas de campanha de Donald Trump, que desde sua posse já extinguiu pelo menos uma dúzia de decretos que buscavam a igualdade racial e a proteção de pessoas LGBT+, além de ter reforçado a fronteira e adotado novas políticas anti-imigração.
Com uma expressão grave, Trump assistiu à missa sentado na primeira fila com a esposa, Melania, e seu vice, J.D. Vance. Ao final, quando perguntado sobre como havia sido a cerimônia, o presidente disse que “não foi muito emocionante”. “Não achei que foi uma boa missa, não”, disse. “Eles poderiam fazer muito melhor.”
⭕Nesta quarta-feira, 22, em sua rede social Truth, Trump voltou a se pronunciar:
“A chamada bispa que falou na terça-feira no Serviço Nacional de Oração é uma esquerdista radical que odeia Trump. Teve um tom desagradável, não foi convincente nem inteligente. Ela e sua igreja devem um pedido de desculpas ao público!”